Estamos solidários com a centenária Livraria Sá da Costa
(Rua Garrett, 100) que anunciou encerrar no dia 22 de Julho, juntando-se àquilo
a que chama “Lisboa desaparecida”. Ao longo da nossa deriva pelo Bairro Alto,
demo-nos conta de outros casos semelhantes, como o das livrarias Olisipo e Artes e Letras, vizinhas uma da outra no Largo Trindade Coelho (também dito da
Misericórdia, de São Roque ou do Cauteleiro).
Os proprietários, José Vicente e
Luís Gomes, respectivamente, estão desolados com o Artigo 1101, que, dando
plenos poderes aos senhorios permite a estes últimos subir indiscriminadamente os
preços de arrendamento. “O que foi a tradicional rota das Livrarias e
Antiquários nesta zona histórica da cidade passará a ser a nova rota dos Hotéis
de Charme e dos Hostels”, comentou o dono da Olisipo em carta aberta à Câmara
Municipal de Lisboa, lamentando a descaracterização da cidade.
Segundo O Corvo,
consta que os restaurantes Expresso (onde já nos sentámos à mesa) e Adega de S. Roque e a pensão Estrela de Ouro estão igualmente condenados à guilhotina.
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