Padeiros, velhinhos, comerciantes, malta nova, homens comuns e artistas. Todos são o rosto do povo do Bairro Alto. Nas lembranças desta humanidade vária e heterogénea está conservada a história de um dos locais mais característicos e peculiares de Lisboa. E hoje que tudo está a mudar, hoje que o Bairro tornou-se na Disneyland do divertimento "à portuguesa", onde cada noite desembarcam as frotas de turistas, os jovens das periferias, e os dealers encontram os seus clientes, hoje que no Bairro se constroem grandes complexos imobiliários, hoje todos estes testemunhos têm ainda mais valor. Seguindo as vozes do Bairro Alto pelas ruas vazias do dia e pela excitação das noites, passando pelas casas e pelos bares, acompanhando as linhas dos graffiti nos muros, através de passado, presente e futuro, não só vamos inscrever a vida de um bairro, mas também vamos traçar o compósito rosto do seu povo. - Rui Simões

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Viagem no tempo

Ao nos desviarmos da realidade para a ficção, pusemos também um pé fora do Bairro Alto. Fomos no encalço dos cabides sem-fim do Guarda-Roupa Maria Gonzaga (Estrada dos Prazeres, 57-59), que há mais de vinte anos aluga e confecciona de raiz figurinos para a sétima arte. Fechámos os olhos e, entre outras paragens, acordámos no Bairro Alto dos anos 50. 



Sem comentários:

Enviar um comentário