Padeiros, velhinhos, comerciantes, malta nova, homens comuns e artistas. Todos são o rosto do povo do Bairro Alto. Nas lembranças desta humanidade vária e heterogénea está conservada a história de um dos locais mais característicos e peculiares de Lisboa. E hoje que tudo está a mudar, hoje que o Bairro tornou-se na Disneyland do divertimento "à portuguesa", onde cada noite desembarcam as frotas de turistas, os jovens das periferias, e os dealers encontram os seus clientes, hoje que no Bairro se constroem grandes complexos imobiliários, hoje todos estes testemunhos têm ainda mais valor. Seguindo as vozes do Bairro Alto pelas ruas vazias do dia e pela excitação das noites, passando pelas casas e pelos bares, acompanhando as linhas dos graffiti nos muros, através de passado, presente e futuro, não só vamos inscrever a vida de um bairro, mas também vamos traçar o compósito rosto do seu povo. - Rui Simões

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Quem é o taxista?

Apresentou-se como Duarte, ofereceu um chapéu de palha a cada passageiro e, em jeito de drive-thru, conduziu-nos à janela de um bar para que pegássemos uma caipirinha. Depois, foi a vez de decidirmos:
 Casa, hotel ou... Bairro Alto?

– Mas não estamos no Bairro Alto?

– Sim, mas dar uma volta pelo Bairro de táxi numa sexta à noite é que é ‘A viagem’, acreditem.



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